Quando iluminado pelo Espírito, o crente contempla a perfeição de Jesus, reconhece seu próprio pecado e incapacidade, mas encontra em Cristo inocência e poder infinito. Ele se alegra profundamente pelo sacrifício de Cristo, que nos concede Sua justiça. O eu se torna insignificante; Jesus é tudo.
01 – Como era o caráter de João antes de sentir o poder transformador de Cristo? II Timóteo 3:4.
Entretanto, o caráter de João não era irrepreensível. Ele não era um entusiasta gentil, sonhador. Ele e seu irmão foram chamados "Filhos do trovão". Marcos 3:17. João era orgulhoso, ambicioso e de espírito combativo. (Educação pág. 87). Durante o tempo em que viveram com Jesus, todo menosprezo a Ele mostrado lhes despertava a indignação e a combatividade. Mau gênio, vingança, espírito de crítica, tudo se encontrava no discípulo amado. Era orgulhoso e ambicioso de ser o primeiro no reino de Deus. (O Desejado de Todas as Nações pág. 295).
02 – De que maneira Jesus procurou corrigir-lhe as faltas? Lucas 9:55-56.
...mas por sob tudo isto o divino Mestre divisou o coração ardente, sincero e amante. Jesus censurou-lhe o egoísmo, frustrou-lhe as ambições, provou-lhe a fé. Revelou-lhe, porém, aquilo por que sua alma anelava - a beleza da santidade, Seu amor transformador. (Educação pág. 87).
03 – Qual foi a atitude de João ao Jesus revelar os seus defeitos de caráter? Salmos 40:8.
Mas dia a dia, em contraste com seu próprio espírito violento, contemplava a ternura e longanimidade de Jesus, e aprendia-Lhe as lições de humildade e paciência. Abriu o coração à divina influência, e tornou-se, não somente ouvinte, mas cumpridor das palavras do Mestre. O próprio eu escondeu-se em Cristo. Aprendeu a levar o jugo de Jesus, a suportar-Lhe o fardo. (O Desejado de Todas as Nações págs. 295-296). João guerreou ferozmente contra suas faltas. (Atos dos Apóstolos pág. 558). Aqueles que estavam prontos para ver seus próprios defeitos e ansiosos por melhorar o caráter, tinham ampla oportunidade. João entesourava cada lição e constantemente procurava conduzir sua vida em harmonia com o Modelo Divino. As lições de Jesus, apresentando a mansidão, a humildade e o amor como essenciais ao crescimento da graça e a adaptação para Seu trabalho, eram altamente avaliadas por João. Essas lições são dirigidas a nós como indivíduos e irmãos na igreja, da mesma forma que aos primeiros discípulos de Cristo. (Santificação pág. 65).
04 – Como João se distingue dos outros discípulos? João 13:23.
Pedro, Tiago e João estavam ainda em convívio mais íntimo com Ele. Achavam-se quase continuamente ao Seu lado, presenciando-Lhe os milagres e ouvindo-Lhe as palavras. João achegava-se a Ele em intimidade maior ainda, de maneira que se distingue como aquele a quem Jesus amava. O Salvador os amava a todos, mas João era o espírito mais apto a receber-Lhe a influência. Era mais jovem que os outros, e com mais infantil confiança abria a Cristo o coração. Chegou assim a uma afinidade maior com Jesus, e por intermédio dele foram comunicados a Seu povo os mais profundos ensinos espirituais do Salvador. (O Desejado de Todas as Nações pág. 292). Que privilégio, pois, foi o deles, por três anos em contato com aquela divina vida de onde tem provindo todo impulso doador de vida que tem abençoado o mundo! João, o discípulo amado, mais que todos os seus companheiros, entregou-se ao influxo daquela assombrosa existência. Diz ele: "A vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada." I João 1:2. "Todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça." João 1:16. (O Desejado de Todas as Nações pág. 250).
05 – Como João se tornou ao aprender as lições de Cristo? I João 3:2.
João desejava tornar-se semelhante a Jesus e, sob a transformadora influência de Seu poder, tornou-se manso e humilde de coração. O eu foi escondido em Jesus. Ele estava intimamente unido à Videira Viva e assim se tornou participante da natureza divina. Tal será sempre o resultado da comunhão com Cristo. Esta é a verdadeira santificação. (Santificação pág. 61). João era um professor de santidade prática. Apresenta infalíveis regras para a conduta dos cristãos. Eles devem ser puros de coração e corretos nas maneiras. Em nenhum caso devem ficar satisfeitos com uma profissão vã. Ele declara, em termos inconfundíveis, que ser cristão é ser semelhante a Cristo. (Santificação pág. 87).
06 – Como aparecia o caráter de João em contraste com o de Cristo?
A vida de João foi uma vida de fervoroso esforço para conformar-se com a vontade de Deus. O apóstolo seguia tão de perto a seu Salvador e tinha tamanha compreensão da pureza e exaltada santidade de Cristo, que seu próprio caráter aparecia, em contraste, excessivamente defeituoso. E quando Jesus apareceu a João, com Seu corpo glorificado, um rápido olhar foi suficiente para fazê-lo cair como morto. (Santificação págs. 87-88).
07 – Isto significa que ele estava vivendo em pecado? Por quê? I João 3:9.
Mas o apóstolo ensina que, conquanto devamos manifestar cortesia cristã, estamos autorizados a chamar o pecado e os pecadores por seu verdadeiro nome - que isto é coerente com o verdadeiro amor. Conquanto tenhamos de amar as pessoas por quem Cristo morreu e trabalhar por sua salvação, não devemos condescender com o pecado. Não nos unamos com os rebeldes chamando a isso amor. Deus exige de Seu povo atual que permaneça, como o fez João em seu tempo, inflexivelmente pelo direito, em oposição aos erros destruidores das pessoas. (Santificação pág. 72). Quanto mais de perto contemplam a vida e o caráter de Jesus, tanto mais profundamente hão de sentir sua própria pecaminosidade e tanto menos dispostos estarão para ter pretensões à santidade de coração ou orgulhar-se de sua santificação. (Santificação 88).
08 – O que João nos ensinou? I João 3:8.
João não ensinou que a salvação devia ser adquirida pela obediência, mas que a obediência é fruto da fé e do amor. "E bem sabeis que Ele Se manifestou para tirar os nossos pecados", disse, "e nEle não há pecado. Qualquer que permanece nEle não peca; qualquer que peca não O viu nem O conheceu." I João 3:5 e 6. Se estivermos em Cristo, se o amor de Deus estiver no coração, nossos sentimentos, pensamentos e ações estarão em harmonia com a vontade de Deus. O coração santificado está em harmonia com os preceitos da lei de Deus. (Atos dos Apóstolos pág. 563).
09 – Qual será sempre a experiência dos que contemplam a Cristo? Romanos 7:18; Gálatas 6:14.
Assim será com todos que contemplam a Cristo. Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, e quanto mais claramente distinguirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claro veremos a excessiva malignidade do pecado, e tanto menos nutriremos o desejo de nos exaltar a nós mesmos. Haverá um contínuo anelo da alma em direção a Deus, uma contínua, sincera, contrita confissão de pecado e humilhação do coração perante Ele. A cada passo para frente em nossa experiência cristã, nosso arrependimento se aprofundará. Saberemos que nossa suficiência está em Cristo unicamente. (Atos dos Apóstolos pág. 561).
10 – Faça um comentário sobre o processo da obra de santificação.
A santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas da vida toda. Não se alcança com um feliz vôo dos sentimentos, mas é o resultado de morrer constantemente para o pecado, e viver constantemente para Cristo. Não se podem corrigir os erros nem apresentar reforma de caráter por meio de esforços débeis e intermitentes. Só podemos vencer mediante longos e perseverantes esforços, severa disciplina e rigoroso conflito. Não sabemos quão terrível será nossa luta no dia seguinte. Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: "Alcancei tudo completamente." A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda. (Atos dos Apóstolos págs. 560-561).
11 – Que lição podemos tirar da obra de João e de Judas?
João era um exemplo vivo da santificação. De outro lado, Judas possuía uma forma de piedade, ao passo que seu caráter era mais satânico do que divino. Aparentava ser discípulo de Cristo, mas negava-O em palavras e obras. Porém, enquanto João lutava ardorosamente contra suas próprias faltas e procurava assemelhar-se a Cristo, Judas violava sua consciência... Rendia-se à tentação e fortalecia em si hábitos de desonestidade, que o transformariam na imagem de Satanás... Estes dois discípulos representam o mundo cristão. Todos professam serem seguidores de Cristo; porém, enquanto uma classe anda em humildade e mansidão, aprendendo de Jesus, a outra mostra que eles não são praticantes da palavra, mais unicamente ouvintes. Uma classe é santificada pela verdade; a outra, nada conhece do poder transformador da graça divina. A primeira é daqueles que diariamente estão morrendo para o eu e vencendo o pecado. A última é daqueles que estão condescendendo com as concupiscências e se tornando servos de Satanás. (Santificação pág. 66).
12 – Do que podemos estar certos se nós assim como Judas não praticarmos os princípios da vida cristã? Romanos 8:9.
Pode haver notáveis defeitos no caráter de um indivíduo; contudo, quando ele se torna um verdadeiro discípulo de Cristo, o poder da graça divina faz dele uma nova criatura. O amor de Cristo o transforma e santifica. Mas quando as pessoas professam ser cristãs e sua religião não faz que sejam melhores homens e mulheres em todas as relações da vida - representações vivas de Cristo no temperamento e no caráter - não são dEle. (Santificação pág. 61).
Publicado em 12/03/2014