A fé genuína é um tesouro precioso que une a natureza humana à divina, levando à obediência e progresso espiritual. Pelo conhecimento de Deus e de Jesus, recebemos graça e paz, bem como promessas que nos tornam participantes da natureza divina. Essa fé deve ser cultivada continuamente, sendo o veículo para bênçãos espirituais. Assim, a vida cristã é um crescimento constante em glória e virtude.
01 – O que significa o termo: “salvos pela graça”? Romanos 11:6.
Graça é favor imerecido. Os anjos, que nada conhecem de pecado, não compreendem o que seja a aplicação da graça para com eles; mas nossa pecaminosidade requer a concessão da graça por parte de um Deus misericordioso. Foi a graça que enviou nosso Salvador a buscar-nos, errantes, e restituir-nos ao redil. (Mensagens Escolhidas vol. 1 págs. 331-332). Graça é favor imerecido, e o crente é justificado sem qualquer mérito seu próprio, sem nenhum direito a alegar a Deus. É ele justificado pela redenção que há em Cristo Jesus, que está nas cortes do Céu como substituto e penhor do pecador. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 398).
02 – O que é reconciliação? Romanos 5:10.
Reconciliação quer dizer que se removeu toda barreira entre a alma e Deus, e que o pecador reconhece o que significa o amor perdoador de Deus. Por motivo do sacrifício feito por Cristo pelos homens caídos, Deus pode com justiça perdoar ao transgressor que aceite os méritos de Cristo. Cristo foi o conduto pelo qual a misericórdia, amor e justiça puderam fluir, do coração de Deus para o coração do pecador. "Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." I João 1:9. (Mensagens Escolhidas vol. 1 págs. 395-396).
03 – A justiça de Cristo nos é imputada por algum mérito de nossa parte? Por quê? Isaias 64:6.
O pensamento de que a justiça de Cristo nos é imputada, não por causa de qualquer mérito de nossa parte, mas como dom gratuito de Deus, afigurava-se um pensamento precioso. (Review and Herald, 3 de setembro de 1889. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 360). O perdão, a reconciliação com Deus, não nos é concedido, como recompensa por nossas obras, não é outorgado em virtude dos méritos de homens pecadores, mas é uma dádiva feita a nós, a qual tem na imaculada justiça de Cristo o fundamento de Sua disposição. (O Maior Discurso de Cristo págs. 115-116). Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a salvação, então ela tem de ser inteiramente pela graça recebida pelo homem como pecador, porque ele aceita a Jesus e crê nEle. A salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele. (Fé e Obras pág. 17).
04 – O que são as nossas boas obras? Lucas 17:10.
Nossa aceitação por Deus só é segura por meio de Seu Filho amado, e as boas obras são apenas o resultado da atuação de Seu amor que perdoa o pecado. Não constituem um crédito para nós, e nada nos é atribuído por nossas boas obras que possamos usar para reivindicar uma parte na salvação de nossa alma. A salvação é o dom gratuito de Deus para o crente, que lhe é concedido unicamente por amor a Cristo. (Mensagens Escolhidas vol. 3 pág. 199).
05 – Mesmo não tendo nenhum mérito, pelo que seremos julgados? Por quê? Eclesiastes 12:14.
Em Sua providência divina, por meio de Seu favor imerecido, o Senhor ordenou que as boas obras sejam recompensadas. Somos aceitos unicamente pelo mérito de Cristo; e os atos de misericórdia, as ações de caridade, que realizamos, são os frutos da fé; e eles se tornam uma bênção para nós; pois os homens serão recompensados de acordo com as suas obras. (Mensagens Escolhidas vol. 3 pág. 200). Justiça é fazer o bem, e é pelos atos que todos serão julgados. Nosso caráter é revelado pelo que fazemos. As obras mostram se a fé é genuína. (Parábolas de Jesus pág. 312).
06 – O que a justiça de Cristo não pode cobrir? Ezequiel 18:24.
Não é genuíno nenhum arrependimento que não opere a reforma. A justiça de Cristo não é uma capa para encobrir pecados não confessados e não abandonados; é um princípio de vida que transforma o caráter e rege a conduta. Santidade é integridade para com Deus; é a inteira entrega da alma e da vida para habitação dos princípios do Céu. (O Desejado de Todas as Nações págs. 555-556).
07 – O que Deus requer antes de ter lugar a justificação? Salmos 37:5.
Mas, embora Deus possa ser justo e ao mesmo tempo justificar o pecador, pelos méritos de Cristo, homem algum pode cobrir sua alma com as vestes da justiça de Cristo, enquanto comete pecados conhecidos, ou negligencia conhecidos deveres. Deus requer a completa entrega do coração, antes que possa ocorrer a justificação; e para que o homem conserve essa justificação, tem de haver obediência contínua, mediante ativa e viva fé que opera por amor e purifica a alma. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 366). Ninguém pode crer com o coração para a justiça, e obter justificação pela fé, enquanto continuar na prática das coisas que a Palavra de Deus proíbe, ou enquanto negligenciar qualquer dever conhecido. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 396).
08 – O que significa estar trajado com as vestes da justiça de Cristo? I João 2:6.
Por Sua obediência perfeita tornou possível a todo homem obedecer aos mandamentos de Deus. Ao nos sujeitarmos a Cristo, nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito torna-se um com Seu espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isso é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová. (Parábolas de Jesus pág. 312).
09 – Como podemos reter a bênção da justificação? Provérbios 4:18.
A fé genuína se manifestará em boas obras, pois boas obras são frutos da fé. Ao operar Deus no coração, e entregar o homem sua vontade a Deus, e com Ele cooperar, ele manifesta na vida aquilo que Deus operou em seu íntimo pelo Espírito Santo, e há harmonia entre o propósito do coração e a prática da vida. Todo pecado deve ser renunciado como a coisa odiosa que crucificou o Senhor da vida e da glória, e o crente tem de ter uma experiência progressiva, fazendo continuamente as obras de Cristo. É pela contínua entrega da vontade, pela obediência contínua, que se retém a bênção da justificação. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 397).
Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de conhecê-lO, nossa vida será de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível. (O Desejado de Todas as Nações pág. 668).
10 – O que é necessário fazermos para alcançarmos a justiça de Cristo? Qual é a Sua obra? Filipenses 2:13.
Pela fé o Espírito Santo opera no coração para ali criar a santidade; isto, porém, não pode ser feito a menos que o agente humano coopere com Cristo. Só podemos ser habilitados para o Céu mediante a operação do Espírito Santo no coração; pois temos de ter a justiça de Cristo como credenciais nossas, se quisermos ter acesso ao Pai. Para que tenhamos a justiça de Cristo, precisamos diariamente ser transformados pela influência do Espírito, a fim de sermos participantes da natureza divina. É obra do Espírito Santo enobrecer os gostos, santificar o coração, enobrecer o homem todo. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 374).
Publicado em 12/03/2014