A fé genuína é um tesouro precioso que une a natureza humana à divina, levando à obediência e progresso espiritual. Pelo conhecimento de Deus e de Jesus, recebemos graça e paz, bem como promessas que nos tornam participantes da natureza divina. Essa fé deve ser cultivada continuamente, sendo o veículo para bênçãos espirituais. Assim, a vida cristã é um crescimento constante em glória e virtude.
01 – Qual a primeira condição para sermos aceitos por Deus? O que nos impede de recebermos perdão dos pecados? Lucas 5:32; Salmos 66:18.
Os que não humilharam ainda a alma perante Deus, reconhecendo sua culpa, não cumpriram ainda a primeira condição de aceitabilidade. Se não experimentamos ainda aquele arrependimento do qual não há arrepender-se, e não confessamos os nossos pecados, com verdadeira humilhação de alma e contrição de espírito, aborrecendo nossa iniqüidade, nunca procuramos verdadeiramente o perdão dos pecados; e se nunca buscamos a paz de Deus, nunca a encontramos. A única razão por que não temos a remissão dos pecados passados, é não estarmos dispostos a humilhar o coração e cumprir as condições apresentadas pela Palavra da verdade. (O Caminho a Cristo págs. 37-38).
02 – De que maneira deve ser feita a confissão? Tiago 5:16.
A confissão verdadeira tem sempre caráter específico e faz distinção de pecados. Estes podem ser de natureza que devam ser apresentados a Deus unicamente; podem ser faltas que devam ser confessadas a pessoas que por elas foram ofendidas; ou podem ser de caráter público, devendo então ser confessados com a mesma publicidade. Toda confissão, porém, deve ser definida e sem rodeios, reconhecendo justamente os pecados dos quais sois culpados. (O Caminho a Cristo pág. 38).
03 – Como o povo de Israel reconheceu a sua culpa? I Samuel 12:19.
Nos dias de Samuel os israelitas apartaram-se de Deus. Estavam sofrendo as conseqüências do pecado, pois haviam perdido a fé em Deus, deixado de reconhecer Seu poder e sabedoria para governar a nação, perdido a confiança em Sua capacidade de defender e reivindicar Sua causa. Volveram costas ao grande Rei do Universo, desejando ser governados como as nações ao seu redor. Para encontrar paz fizeram esta definida confissão: "A todos os nossos pecados temos acrescentado este mal, de pedirmos para nós um rei." I Samuel 12:19. Importava que confessassem justamente o pecado do qual tinham sido convencidos. A ingratidão oprimia-lhes a alma, separando-os de Deus. A confissão não será aceitável a Deus sem o sincero arrependimento e reforma. É preciso que haja decisivas mudanças na vida; tudo que seja ofensivo a Deus tem de ser renunciado. Este será o resultado da genuína tristeza pelo pecado. (O Caminho a Cristo págs. 38-39).
04 – Que tipo de espírito manifestaram Adão e Eva quando lhes foi revelado o seu pecado? Reconheceram a sua culpa? Quem somente é justificado? Gênesis 3:9-13.
Quando o Senhor os interrogou acerca de seu pecado, Adão respondeu, lançando a culpa em parte sobre Deus e em parte sobre a companheira: "A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi." A mulher lançou a culpa sobre a serpente, dizendo: "A serpente me enganou, e eu comi." Gênesis 3:12 e 13. Por que fizeste a serpente? Por que lhe permitiste entrar no jardim? Estas eram as perguntas que transpareciam das palavras com que procurava desculpar seu pecado, lançando, assim, sobre Deus a responsabilidade de sua queda. O espírito de justificação própria originou-se no pai da mentira, e tem sido manifestado por todos os filhos e filhas de Adão. Confissões desta ordem não são inspiradas pelo Espírito divino, e não são aceitáveis a Deus. O arrependimento verdadeiro levará o homem a suportar ele mesmo sua culpa e reconhecê-la sem engano nem hipocrisia. Como o pobre publicano, que nem ao menos os olhos ousava erguer ao céu, clamará: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" Lucas 18:13 e os que reconhecerem sua culpa serão justificados, pois Jesus apresenta Seu sangue em favor da alma arrependida. (O Caminho a Cristo págs. 40-41).
05 – Que espírito revela o verdadeiro arrependimento? Faça um comentário sobre o arrependimento de Paulo. I Timóteo 1:15.
Os exemplos que a Palavra de Deus nos apresenta de genuíno arrependimento e humilhação revelam um espírito de confissão em que não há escusa do pecado, nem tentativa de justificação própria. Paulo não procurava desculpar-se; pintava seus pecados nas cores mais negras, não procurando atenuar sua culpa. Diz ele: "Encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os matavam, eu dava o meu voto contra eles. E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui." Atos 26:10 e 11. Não hesita em declarar que "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal". I Timóteo 1:15. (O Caminho a Cristo pág. 41).
06 – Como deve ser operada a transformação no homem? O que deve ser renunciado? Provérbios 28:13.
Entregando-nos a Deus, temos necessariamente de renunciar a tudo que dEle nos separe. Por isso diz o Salvador: "Qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo."Lucas 14:33. Tudo que afaste de Deus o coração, tem de ser renunciado. Mamom é o ídolo de muitos. O amor do dinheiro, a ambição de fortuna, é a cadeia de ouro que os liga a Satanás. Fama e honras mundanas são idolatradas por outros. Uma vida de comodidade egoísta, isenta de responsabilidade, constitui o ídolo de outros. Mas estas cadeias escravizadoras têm de serem partidas. Não podemos pertencer metade ao Senhor e metade ao mundo. Não somos filhos de Deus a menos que o sejamos totalmente. (O Caminho a Cristo pág. 44).
07 – Onde deve ser iniciada essa mudança? Salmos 17:3.
Como o fermento, misturado à farinha, opera do interior para o exterior, assim é pela renovação do coração, que a graça de Deus atua para transformar a vida. Não basta a mudança exterior para pôr-nos em harmonia com Deus. Muitos há que procuram reformar-se, corrigindo este ou aquele mau hábito, e esperam desse modo tornar-se cristãos, mas estão principiando no lugar errado. Nossa primeira tarefa é com o coração. (Parábolas de Jesus pág. 97).
08 – O que Deus exige de nós?
Deus não exige que renunciemos a coisa alguma cuja conservação nos seja de proveito. Em tudo que faz, tem em vista o bem-estar de Seus filhos. Oxalá todos os que não aceitaram a Cristo reconhecessem que Ele tem algo incomparavelmente melhor para lhes oferecer, do que o que eles mesmos buscam. O homem pratica o maior dano e injustiça a sua própria alma, quando pensa e age contrariamente à vontade de Deus. Nenhuma felicidade legítima pode ser encontrada no caminho proibido por Aquele que sabe o que é melhor e vela pelo bem de Suas criaturas. O caminho do pecado é de miséria e destruição. É erro entreter o pensamento de que Deus Se agrada de ver Seus filhos sofrerem. Todo o Céu se interessa na felicidade do homem. Nosso Pai celeste não impede a nenhuma de Suas criaturas o acesso aos caminhos dos prazeres. Os apelos divinos tão-somente nos exortam a abster-nos dos prazeres que sobre nós trariam sofrimentos e desilusões, e nos fechariam as portas da felicidade e do Céu. (O Caminho a Cristo pág. 46).
09 – Porque muitos não se entregam a Deus? Qual o único meio de Deus operar a restauração no homem? Mateus 19:21-22.
Mas muitos que professam ser Seus seguidores têm o coração ansioso e turbado, porque temem confiar-se a Deus. Não Lhe fazem uma entrega completa; pois recuam das conseqüências que essa entrega possa envolver. A menos que o façam, não podem encontrar paz. (O Desejado de Todas as Nações pág. 330). O coração orgulhoso esforça-se por alcançar a salvação; mas tanto o nosso título ao Céu, como nossa idoneidade para ele, encontram-se na justiça de Cristo. O Senhor nada pode fazer para a restauração do homem enquanto ele, convicto de sua própria fraqueza e despido de toda presunção, não se entrega à guia divina. (O Desejado de Todas as Nações pág. 300).
10 – Qual será o fim dos que não fazem uma entrega completa? Mateus 22:12-14.
Alguns há que estão buscando, sempre buscando a boa pérola. Mas não fazem uma renúncia completa de seus maus hábitos. Não morrem para o próprio eu, para que Cristo neles viva. Por isso não encontram a preciosa pérola. Não venceram suas ambições profanas e amor aos atrativos mundanos. Não toma a cruz, para seguir a Cristo na vereda da abnegação e sacrifício do próprio eu. Nunca sabem o que é ter paz e harmonia na alma; pois sem a entrega completa não há descanso, não há alegria. Quase cristãos, mas não cristãos integrais, parecem perto do reino dos Céus, mas nele não entram. Quase salvo, mas não completamente, significa estar não quase, mas completamente perdido. (Mensagens Escolhidas vol. 1 págs. 399-400).
Publicado em 12/03/2014