A fé genuína é um tesouro precioso que une a natureza humana à divina, levando à obediência e progresso espiritual. Pelo conhecimento de Deus e de Jesus, recebemos graça e paz, bem como promessas que nos tornam participantes da natureza divina. Essa fé deve ser cultivada continuamente, sendo o veículo para bênçãos espirituais. Assim, a vida cristã é um crescimento constante em glória e virtude.
01 – O que o apóstolo Paulo nos relata em Romanos Sete? O que ele nos apresenta? Jó 36:10.
O apóstolo Paulo ao relatar sua experiência apresenta uma importante verdade a cerca da obra que se deve efetuar na conversão. Ele disse: “Eu sem lei vivia em algum tempo – não sentia nenhuma condenação – mas vindo o mandamento – quando a lei de Deus se manifestou com força em sua consciência – o pecado reviveu e eu morri.” Então se considerou pecador, condenado pela lei divina. Observe que foi Paulo que morreu e não a lei. (7 A – BC SDA Pág. 1076).
02 – Como era a vida do apóstolo Paulo antes da sua conversão? Filipenses 3:4-6.
Como se acham muitos hoje, assim Paulo (antes de sua conversão) era muito confiante numa piedade hereditária; sua confiança, porém, baseava-se numa falsidade. Era uma fé fora de Cristo, pois confiava em formas e cerimônias. Seu zelo pela lei era desligado de Cristo, e sem valor. Seu orgulho era de que ele se achava inculpável na prática dos atos da lei; mas ao Cristo que valorizou a lei, ele recusava. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 346).
Ele confiara nas obras da lei. No tocante à sua vida exterior, declara que, "quanto à lei", era "irrepreensível", e punha a confiança em sua própria justiça. (Meditações Matinais 92 pág. 40).
03 – Até onde a lei de Deus penetra? Hebreus 4:12.
A lei de Deus, como é apresentada nas Escrituras, é ampla em suas reivindicações. Cada um de seus princípios é santo, justo e bom. A lei coloca os homens sob obrigação a Deus; alcança os pensamentos e a sensibilidade; e produzirá convicção de pecado em todo aquele que tenha ciência de ter transgredido suas reivindicações. Se a lei alcançasse apenas a conduta exterior, os homens não seriam culpados em seus maus pensamentos, desejos e desígnios. Mas a lei requer que a própria alma seja pura e a mente santa, para que os pensamentos e a sensibilidade estejam de acordo com a norma de amor e justiça. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 211). A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que brotam no coração, mas não encontraram expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade. E essas emoções pecaminosas serão tomadas em conta no dia em que "Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau". Eclesiastes 12:14. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 217).
04 – Qual é a obra que deve ser realizada antes da justificação? Romanos 7:7-9.
A pessoa precisa primeiro convencer-se do pecado antes que sinta o desejo de ir a Cristo. "O pecado é a transgressão da lei." I João 3:4. "Eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei." Romanos 7:7. Quando o mandamento impressionou a consciência de Saulo, reviveu o pecado, e ele morreu. Considerou-se condenado pela lei de Deus. (Fé e Obras págs. 26-27). O pecado não matou a lei, mas esta matou em Paulo a mente carnal. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 213).
05 – O que o apóstolo Paulo pôde compreender? Romanos 7:12.
Diz Paulo que "segundo a justiça que há na lei" no que respeita aos atos exteriores - ele era "irrepreensível" Filipenses 3:6, quando, porém, chegou a discernir o caráter espiritual da lei, reconheceu-se pecador. Julgado pela letra da lei, segundo os homens a aplicam à vida exterior, havia-se afastado do pecado; mas quando olhou as profundezas dos santos preceitos e se viu a si próprio como o via Deus, prostrou-se, humilde, e confessou a culpa. Diz ele: "Eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri." Romanos 7:9. Quando viu a natureza espiritual da lei, o pecado se lhe apresentou em toda a sua verdadeira hediondez e desvaneceu-se-lhe o amor-próprio. (O Caminho a Cristo págs. 29-30).
06 – Ao reconhecer a natureza espiritual da lei de Deus, como se sentiu? Romanos 7:14.
Não basta percebermos a benignidade de Deus, vermos a benevolência, a ternura paternal de Seu caráter. Não basta reconhecermos a sabedoria e justiça de Sua lei, e que ela se baseia sobre o eterno princípio do amor. Paulo, o apóstolo, reconheceu tudo isto quando exclamou: "Consinto com a lei, que é boa." "A lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom." Acrescentou, porém, na amargura de sua íntima angústia e desespero: "Mas eu sou carnal, vendido sob o pecado." Romanos 7:16, 12 e 14. Ansiava a pureza, a justiça, as quais eram impotentes para alcançar por si mesmo e exclamou: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" Romanos 7:24. (O Caminho a Cristo pág. 19).
07 – O que Paulo pôde aprender? Romanos 3:20.
Paulo aprendeu que não havia na lei poder para perdoar ao transgressor. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 347). Unicamente os que reconhecem a vigência da lei moral podem explicar a natureza da expiação. Cristo veio para servir de mediador entre Deus e o homem, para unir o homem a Deus, levando-o à obediência a Sua lei. Não havia na lei poder para perdoar ao transgressor. Jesus, tão-só, podia pagar a dívida do pecador. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 229). A lei de Deus, pronunciada do Sinai com terrível solenidade, é para o pecador o pronunciamento de sua condenação. É da alçada da lei condenar, mas não existe nela nenhum poder para perdoar ou redimir. É ordenada para vida; os que andam em harmonia com os seus preceitos receberão a recompensa da obediência. Ela traz, porém, escravidão e morte aos que permanecem sob sua condenação. (Mensagens Escolhidas vol. 1 págs. 236-237).
08 – Para o que ele nos chama a atenção? Pode o homem se justificado em transgressão? Qual o próximo passo? Romanos 6:1-2; Gálatas 3:24.
Paulo chama a atenção de seus ouvintes para a lei quebrantada, e mostra-lhes em que são culpados. Instrui-os como um mestre-escola instrui seus alunos, e mostra-lhes o caminho de volta para a fidelidade a Deus. Não há segurança nem repouso nem justificação na transgressão da lei. Não pode o homem esperar colocar-se inocente diante de Deus e em paz com Ele, mediante os méritos de Cristo, se ao mesmo tempo continua em pecado. Tem de deixar de transgredir, e tornar-se leal e verdadeiro. Ao olhar o pecador para o grande espelho moral, vê seus defeitos de caráter. Vê-se a si mesmo tal qual é, maculado, corrupto e condenado. Sabe, porém, ele que a lei não pode, de modo algum, remover a culpa ou perdoar ao transgressor. Tem de ir mais longe que isso. A lei é apenas o aio para levá-lo a Cristo. Tem de ele olhar para seu Salvador, o portador dos pecados. E ao ser-lhe revelado Cristo na cruz do Calvário, morrendo sob o peso dos pecados de todo o mundo, o Espírito Santo lhe mostra a atitude de Deus para com todos os que se arrependem de suas transgressões. (Mensagens Escolhidas vol. 1 pág. 213).
09 – Qual o objetivo da lei ao condenar o pecador? Romanos 10:4.
A lei e o evangelho estão em perfeita harmonia. Um sustenta o outro. Em toda sua majestade a lei confronta a consciência, levando o pecador a sentir sua necessidade de Cristo como propiciação do pecado. O evangelho reconhece o poder e imutabilidade da lei. "Eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei", declara Paulo. Romanos 7:7. A intuição do pecado, acentuada pela lei, impele o pecador para o Salvador. Em sua necessidade pode o homem apresentar o poderoso argumento fornecido pela cruz do Calvário. Pode ele reclamar a justiça de Cristo, pois é comunicada a todo pecador arrependido. Diz Deus: "O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora." João 6:37. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." I João 1:9. (Mensagens Escolhidas vol. 1 págs. 240-241).
10 – Como se encontram muitos hoje? Romanos 7:24.
Fomos, pelo pecado, separados da vida de Deus. Temos a alma paralítica. Não somos, por nós mesmos, mais capazes de viver vida santa, do que o era aquele homem de andar. Muitos há que compreendem a própria impotência, e anseiam aquela vida espiritual que os porá em harmonia com Deus; estão vãmente lutando por obtê-la. Em desespero, clamam: "Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo dessa morte!" Romanos 7:24. Que essas almas acabrunhadas, lutadoras, olhem para cima. O Salvador inclina-Se sobre a aquisição de Seu sangue, dizendo com inexprimível ternura e piedade: "Queres ficar são?" (O Desejado de Todas as Nacões pág. 203).
11 – Como se tornou Saulo ao render-se ao Espírito Santo? II Coríntios 3:4-5.
Ao render-se Saulo inteiramente ao convincente poder do Espírito Santo, viu os erros de sua vida e reconheceu a amplitude dos reclamos da lei de Deus. Aquele que fora um orgulhoso fariseu, confiante na justificação por suas boas obras, curvou-se então perante Deus com a humildade e simplicidade de uma criancinha, confessando sua indignidade e pleiteando os méritos de um Salvador crucificado e ressurgido. (Atos dos Apóstolos pág. 119).
12 – Qual foi a sua experiência após a sua conversão? Filipenses 4:11-13; II Coríntios 11:23-28.
O pecado então apareceu em seu verdadeiro horror, e desapareceu o seu amor próprio. Tornou-se humilde. E não mais atribuiu bondade e mérito a si mesmo. Deixou de ter a mais alta concepção de si mesmo, e atribuiu toda glória a Deus. Não teve mais ambição de grandezas. Deixou de desejar vingança, e não foi mais sensível ao deboche, ao desdém e ao desprezo. Não buscou mais a união com o mundo, posição social ou honra. Não derrubou a outros para se exaltar. Tornou-se manso, dócil e humilde de coração, porque havia aprendido das lições na escola de Cristo. Falava de Jesus e Seu amor incomparável, e crescia mais e mais em Sua imagem. Dedicava todas as suas energias a ganhar almas para Cristo. Quando lhe sobrevinham provas devido ao seu abnegado labor pelas almas, Se inclinava em oração e aumentava o seu amor por elas. Sua vida estava escondida com Cristo em Deus, e amava a Jesus com todo ardor da sua alma. Amava cada igreja; se interessava em cada membro da igreja, pois considerava que cada alma havia sido comprada pelo sangue de Cristo. (7 A – BC SDA pág. 1076).
Publicado em 12/03/2014