Enquanto céus e Terra durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. E quando o Éden florescer novamente na Terra, o santo e divino dia de repouso será honrado por todos debaixo do Sol. “Desde um sábado até ao outro”, os habitantes da glorificada nova Terra irão “adorar perante Mim, diz o Senhor”. Isaías 66:23. — O Desejado de Todas as Nações, 283.
Publicado em 13/06/2014 - 1433 visitas - 0 Comentários
Grandes bênçãos estão incluídas na observância do sábado, e a vontade divina é que ele seja um dia de alegria para nós. Houve júbilo na instituição do sábado. Contemplando com satisfação as coisas que criara, Deus declarou “muito bom” tudo quanto fizera. Gênesis 1:31. O Céu e a Terra vibravam então de alegria. “As estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam”. Jó 38:7. Embora o pecado tenha entrado no mundo e manchado a perfeita obra divina, o Senhor ainda nos dá o sábado como testemunho de que um Ser onipotente, infinito em misericórdia e bondade, criou todas as coisas. É intuito do Pai celestial preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Deus vivo e verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz.
Ao livrar o Senhor, do Egito, o Seu povo Israel, e confiar-lhes Sua lei, ensinou-lhes que, pela observância do sábado, deveriam distinguir-se dos idólatras. Esse deveria ser o sinal da diferença entre os que reconheciam a soberania de Deus e os que recusavam aceitá-Lo como seu Criador e Rei. “Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre”, disse o Senhor. “Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo”. Êxodo 31:17, 16.
Assim como o sábado foi o sinal que distinguiu Israel quando saiu do Egito para entrar em Canaã, é também o sinal que deve distinguir o povo de Deus que sai do mundo para entrar no repouso celestial. O sábado é um sinal do relacionamento entre Deus e o Seu povo, sinal de que este honra a lei de Deus. É o que distingue entre os fiéis súditos de Deus e os transgressores.
Do meio da coluna de nuvem, Cristo declarou, acerca do sábado: “Certamente guardareis Meus sábados; porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica”. Êxodo 31:13. Dado ao mundo como o sinal do Criador, o sábado é também o sinal de Deus como nosso Santificador. O poder que criou todas as coisas é o que torna a restaurar a alma à Sua própria semelhança. Para os que guardam o sábado, esse dia é o sinal da santificação. A verdadeira santificação consiste na harmonia com Deus, na imitação de Seu caráter. Essa harmonia e semelhança são alcançadas pela obediência aos princípios que são a transcrição de Seu caráter. E o sábado é o sinal da obediência. Aquele que de coração obedecer ao quarto mandamento, obedecerá toda a lei. Será santificado pela obediência.
A nós, como a Israel, o sábado é dado “em concerto perpétuo”. Êxodo 31:16. Para os que reverenciam o Seu santo dia, o sábado é um sinal de que Deus os reconhece como Seu povo eleito, o penhor de que cumprirá Sua parte no concerto. Qualquer pessoa que aceitar esse sinal do governo de Deus, coloca-se a si mesma sob o concerto divino e perpétuo. Liga-se assim à áurea cadeia da obediência, cada elo da qual representa uma promessa. — Testimonies for the Church 6:349, 350.
“Lembra-te do dia do sábado” — O Senhor inicia o quarto mandamento com esta expressão: “Lembra-te.” Previu Ele que, em meio de cuidados e perplexidades, o homem seria tentado a eximir-se da responsabilidade de satisfazer todos os reclamos da lei, ou esquecer-se de sua sagrada importância. Por isso, diz: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”. Êxodo 20:8.
Durante toda a semana nos cumpre ter em mente o sábado e fazer a preparação indispensável, a fim de observá-lo conforme o mandamento. Não devemos observá-lo simplesmente como uma questão de lei. Devemos compreender suas relações espirituais com todos os negócios da vida. Todos os que considerarem o sábado um sinal entre eles e Deus, revelando que Ele é o Deus que os santifica, hão de representar condignamente os princípios de Seu governo. Praticarão dia a dia os estatutos de Seu reino, orando continuamente a Deus para que a santificação do sábado sobre eles repouse. Cada dia terão a companhia de Cristo, e serão um exemplo da Sua perfeição de caráter. Dia a dia sua luz refulgirá para outros em boas obras.
Em tudo quanto se relaciona com a obra de Deus, as primeiras vitórias devem ser alcançadas na vida doméstica. Aí é que deve começar a preparação para o sábado. Durante toda a semana compete aos pais lembrar que seu lar precisa ser uma escola em que os filhos sejam preparados para o Céu. Sejam justas as suas palavras. Expressão alguma que aos filhos não convém ouvir, deverá proceder de seus lábios. Seja o espírito mantido livre de toda irritação. Durante a semana devem os pais proceder como em presença de Deus, que lhes deu os filhos para serem educados para Ele. A pequena igreja deve ser educada no lar de modo a, no sábado, estar preparada para render culto a Deus no Seu santuário. Todas as manhãs e tardes devemos apresentar a Deus os nossos filhos como Sua herança remida com sangue. Ensinemo-lhes que seu principal dever e privilégio é amar e servir a Deus. [...]
Quando o sábado é dessa forma lembrado, as coisas materiais não influirão sobre o exercício espiritual de modo a prejudicá-lo. Nenhum serviço relacionado com os seis dias de trabalho será deixado para o sábado. Durante a semana, teremos o cuidado de não gastar as energias com trabalho físico a ponto de, no dia em que o Senhor repousou e Se restaurou, estarmos fatigados demais para tomar parte no Seu culto.
Embora a preparação para o sábado deva prosseguir durante toda a semana, a sexta-feira é o dia por excelência da preparação. Por intermédio de Moisés, disse o Senhor a Israel: “Amanhã é o repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para vós até amanhã”. Êxodo 16:23. “Espalhava-se o povo, e o [maná] colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava; e em panelas o cozia, e dele fazia bolos”. Números 11:8. Tinham, pois, alguma coisa que fazer a fim de preparar o pão que lhes era enviado do Céu, e o Senhor lhes ordenou que o fizessem na sexta-feira, o dia da preparação. [...]
Na sexta-feira, deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tenhamos o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovar os sapatos e tomar o banho. É possível deixar tudo preparado, caso se tome isso como regra. O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr-do-sol, coloquemos de parte todo trabalho secular, e façamos desaparecer os jornais profanos. Os pais devem explicar aos filhos esse procedimento e induzi-los a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento.
Devemos observar cuidadosamente os limites do sábado. É bom lembrar que cada minuto é tempo sagrado. Sempre que possível, os patrões deverão conceder aos empregados as horas que decorrem entre o meio-dia da sexta-feira e o começo do sábado. Dessa forma, terão tempo para a preparação, a fim de poderem saudar o dia do Senhor com sossego de espírito. Assim procedendo não sofrerão nenhum prejuízo, nem mesmo quanto às coisas materiais.
Há ainda outro ponto a que devemos dar a nossa atenção no dia da preparação. Nesse dia todas as divergências existentes entre irmãos, tanto na família como na igreja, devem ser removidas. Afaste-se do coração toda amargura, ira ou ressentimento. Com espírito humilde “confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis”. Tiago 5:16. — Testimonies for the Church 6:354-356.
Coisa alguma que possa, aos olhos do Céu, ser considerada transgressão do santo sábado, deve ser deixada por dizer ou fazer no sábado. Deus requer, não somente que nos abstenhamos do trabalho físico no sábado, mas que a mente seja disciplinada de modo a pensar em temas santos. O quarto mandamento é transgredido mediante o conversar-se sobre coisas mundanas, ou leves e frívolas. Falar sobre qualquer coisa ou sobre tudo que nos vem à mente, é falar nossas próprias palavras. Todo desvio do direito nos põe em servidão e condenação. — Testimonies for the Church 2:703.
Culto ao pór-do-sol — Há maior santidade no sábado do que lhe atribuem muitos que professam observá-lo. O Senhor tem sido grandemente desonrado por parte dos que não têm observado o sábado conforme o mandamento, quer na letra, quer no espírito. Ele sugere uma reforma da observância do sábado. [...]
Antes do pôr-do-sol, todos os membros da família devem reunir-se para estudar a Palavra de Deus, cantar e orar. A esse respeito estamos precisando de uma reforma, porque muitos há que se estão tornando descuidados. Temos que confessar as faltas a Deus e uns aos outros. Devemos tomar disposições especiais para que cada membro da família possa estar preparado para honrar o dia que Deus abençoou e santificou. [...]
No culto familiar, tomem parte também as crianças, cada qual com sua Bíblia, lendo dela um ou dois versículos. Cante-se então um hino preferido, seguido de oração. Desta, Cristo nos deixou um modelo. A oração do Senhor não foi destinada para ser simplesmente repetida como uma fórmula, mas é uma ilustração de como devem ser as nossas orações — simples, fervorosas e amplas. Em singela petição, contemos ao Senhor as nossas necessidades exprimindo gratidão por Suas bênçãos. Desse modo, saudaremos a Jesus como hóspede bem-vindo em nosso lar e coração. Em família, convém evitar orações longas e sobre assuntos que não têm a ver com o interesse de todos. Essas orações enfadam, em vez de constituírem um privilégio e uma bênção. Que o momento da hora da oração seja deleitável e interessante. [...]
Ao pôr-do-sol [ao final do sábado], é hora de elevar a voz em oração e cânticos de louvor a Deus, celebrando o findar do sábado e pedindo a assistência do Senhor para os cuidados da nova semana de atividades. — Testimonies for the Church 6:353, 356-359.
Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna. Diz Deus: “Aos que Me honram, honrarei”. 1 Samuel 2:30. — Testimonies for the Church 6:356.
O momento mais sagrado para a família — A Escola Sabatina e o culto de pregação ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser passado em casa e ser o mais precioso e sagrado que o sábado proporciona. Boa parte desse tempo deverão os pais passar com os filhos. Em muitas famílias, os filhos menores são abandonados a si próprios, a fim de se entreterem como melhor puderem. Abandonadas a si mesmas, as crianças em breve ficam inquietas e começam a brincar ou ocupar-se de coisas inadequadas. Desse modo, o sábado perde para elas sua importância sagrada.
Quando faz bom tempo, devem os pais sair com os filhos a passeio pelos campos e matas. Em meio às belas coisas da natureza, expliquem-lhes a razão da instituição do sábado. Descrevam-lhes a grande obra da criação de Deus. Contem-lhes que a Terra, quando Ele a fez, era bela e sem pecado. Cada flor, arbusto e árvore correspondiam ao propósito divino. Tudo sobre que o homem pousava o olhar, o deleitava, sugerindo-lhe pensamentos do amor divino. Todos os sons eram harmônicos, e em consonância com a voz de Deus. Mostrem-lhes que foi o pecado que manchou essa obra perfeita; que os espinhos, cardos, aflição, dor e morte são o resultado da desobediência a Deus. Expliquem-lhes, também, que, apesar da maldição do pecado, a Terra ainda revela a bondade divina. As campinas verdejantes, as árvores altaneiras, o alegre Sol, as nuvens, o orvalho, o silêncio solene da noite, a magnificência do céu estrelado, a beleza da Lua, dão testemunho do Criador. Não cai do Céu uma só gota de chuva, raio de luz nenhum incide sobre este mundo ingrato, sem testificar da longanimidade e do amor de Deus.
Falemo-lhes do plano da salvação; que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16. Vamos repetir para eles a doce história de Belém, mostrando-lhes como Jesus foi filho obediente aos pais, como foi jovem fiel e diligente, ajudando a prover o sustento da família. Desse modo lhes podemos dar a entender também que o Salvador conhece as provações, dificuldades e tentações, esperanças e alegrias da mocidade, estando por isso em condição de lhes dar simpatia e apoio. De quando em quando, devemos ler para eles as interessantes histórias contidas na Bíblia. Perguntar-lhes acerca do que aprenderam na Escola Sabatina, e estudar com eles a lição do sábado seguinte. — Testimonies for the Church 6:358, 359.
No sábado deve haver uma solene dedicação da família a Deus. O mandamento compreende todos os que estão das nossas portas para dentro. — En Lugares Celestiales, 151. Os que convivem na casa devem durante as horas sagradas pôr de parte suas ocupações mundanas. Todos devem unir-se a honrar a Deus por meio de um culto voluntário em Seu santo dia. — Patriarcas e Profetas, 307, 308.
“Vinde, adoremos ao Senhor” — Cristo disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles”. Mateus 18:20. Sempre que houver dois ou três crentes na mesma localidade, deverão eles reunir-se no sábado para reclamar as promessas do Senhor.
O pequeno grupo reunido para adorar a Deus no seu santo dia, tem direito a reclamar as bênçãos de Jeová e pode estar certo de que o Senhor Jesus será honroso visitante em suas reuniões. Todo verdadeiro adorador de Deus, que santifica o sábado do Senhor, deverá reclamar para si a promessa: “Para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica”. Êxodo 31:13. — Testimonies for the Church 6:360, 361.
O sábado foi feito para o homem, para lhe ser uma bênção mediante o desviar-lhe a mente do trabalho secular para a contemplação da bondade e glória de Deus. É necessário que o povo de Deus se reúna para falar sobre Ele, para trocar pensamentos e idéias a respeito das verdades contidas em Sua Palavra, e dedicar uma parte do tempo à devida oração. Esses períodos, porém, mesmo no sábado, não devem ser tornados tediosos por sua extensão e falta de interesse. — Testimonies for the Church 2:583.
Se a igreja estiver sem pastor, alguém deve ser designado para dirigir a reunião. Mas não é necessário que essa pessoa faça longo sermão e tome a maior parte do tempo destinado ao culto. Um resumido estudo bíblico, que seja interessante, será às vezes de maior proveito do que um sermão. O estudo bíblico poderá ser rematado com uma reunião de orações ou testemunhos. [...]
Cada qual deve sentir que tem uma parte para desempenhar, a fim de tornar interessantes as reuniões de sábado. Não devemos nos reunir simplesmente para preencher uma formalidade, e sim para trocar idéias, relatar nossa experiência diária, oferecer ações de graça e exprimir nosso sincero desejo de ser iluminados para conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. A comunhão em conjunto com Cristo fortalece a alma para os combates e provações da vida. Nem é possível imaginar ser cristão e viver concentrado em si mesmo. Todos representamos uma parte do grande conjunto que é a humanidade, e a experiência de cada um será até certo ponto determinada pela de seus companheiros. — Testimonies for the Church 6:361, 362.
A Escola Sabatina — O objetivo da Escola Sabatina deve ser a conquista de almas. A ordem do trabalho pode ser irrepreensível; as instalações, tudo quanto se possa desejar; mas se as crianças e jovens não forem levados a Cristo, a escola será um fracasso, pois, a menos que as pessoas sejam atraídas a Cristo, tornam-se mais e mais incapazes de serem influenciadas por uma religião formal. O professor deve cooperar ao bater à porta do coração dos que necessitam de auxílio. Se os alunos atendem à influência do Espírito e abrem a porta do coração para que Jesus possa entrar, Ele lhes abrirá o entendimento para compreenderem as coisas de Deus. É simples o trabalho do professor, mas se for feito no Espírito de Jesus, a operação do Espírito de Deus o tornará profundo e eficiente. — Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 61.
Pais, separai um período de tempo cada dia para o estudo da lição da Escola Sabatina com vossos filhos. Deixai a visita de sociabilidade, se necessário for, de preferência a sacrificar a hora dedicada às lições de história sagrada. Tanto pais como filhos receberão benefício desse estudo. Confiem-se à memória as passagens mais importantes da Escritura ligadas à lição, e isso não como uma tarefa, mas como um privilégio. Embora a princípio a memória seja deficiente, ganhará força pelo exercício, de modo que depois de algum tempo vos deleitareis em assim armazenar as palavras da verdade. E tal hábito se demonstrará um valiosíssimo auxílio no crescimento espiritual. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 137, 138.
Tende regularidade no estudo das Escrituras em família. Negligenciai qualquer coisa de natureza temporal; renunciai toda costura desnecessária e toda provisão dispensável à mesa, mas assegurai-vos de serdes alimentados com o pão da vida. É impossível avaliar os bons resultados de uma hora, ou mesmo de meia hora diária, dedicada à Palavra de Deus, de maneira alegre e social. Fazei da Bíblia seu próprio expositor, juntando tudo, relativamente a um determinado assunto, o que foi dito em tempos diferentes e sob variadas circunstâncias. Não seja vosso estudo doméstico interrompido por causa de visitantes. Se chegarem durante o estudo, convidai-os a tomar parte nele. Mostrai que considerais mais importante obter conhecimento da Palavra de Deus que assegurar lucros ou prazeres mundanos. [...]
Lamento dizer que em algumas escolas [sabatinas] prevalece o costume de ler a lição. Isso não deve ser assim. Não precisaria ser assim, se o tempo, que muitas vezes é empregado desnecessária e até pecaminosamente, fosse destinado ao estudo das Escrituras. Não há motivo de as lições da Escola Sabatina serem aprendidas, por professores e alunos, com menos perfeição do que as lições da escola diária. Devem ser melhor aprendidas, pois tratam de assuntos infinitamente mais importantes. Essa negligência é desagradável a Deus. — Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 42, 43, 117, 118.
Os que ensinam na Escola Sabatina devem ter o coração aquecido e fortalecido pela verdade de Deus, sendo não somente ouvintes, mas também cumpridores da Palavra. Devem alimentar-se de Cristo como os ramos se nutrem da videira. O orvalho da graça celestial deve cair sobre eles, para que seu coração seja como preciosas plantas, cujos botões se abram e desenvolvam, espalhando ao redor suave perfume, como flores no jardim de Deus. Os professores devem estudar diligentemente a Palavra de Deus, revelando sempre o fato de que estão diariamente aprendendo na escola de Cristo e são capazes de comunicar a outros a luz que receberam dAquele que é o grande Mestre, a Luz do mundo. [...] Ao escolher oficiais, de tempos em tempos, assegurai-vos de que não vos dominam preferências pessoais, mas colocai em cargos de confiança os que amam e temem a Deus e que dEle fazem seu Conselheiro. — Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 94, 165.
“É lícito fazer bem nos sábados” — Tanto em casa como na igreja cumpre-nos manifestar espírito de adoração. Aquele que nos deu seis dias para nossas ocupações materiais, abençoou e santificou o sétimo dia e o separou para si. Nesse dia, Deus Se propõe abençoar de maneira especial todos os que se consagram a Seu serviço.
Todo o Céu celebra o sábado, mas não de maneira ociosa e negligente. Nesse dia todas as energias da alma devem estar despertas; pois não temos que nos encontrar com Deus e com Cristo, nosso Salvador? Podemos contemplá-Lo pela fé. Ele está desejoso de refrigerar e abençoar cada pessoa. — Testimonies for the Church 6:361, 362.
Deus determinou que se cuidasse dos doentes e sofredores; o trabalho exigido para lhes proporcionar conforto é uma obra de misericórdia, e não é violação do sábado; mas todo o trabalho desnecessário deve ser evitado. Muitos descuidadamente deixam até o princípio do sábado pequenas coisas que poderiam ter sido feitas no dia de preparação. Isto não deve ser assim. O trabalho que é negligenciado até o início do sábado, deve ficar por fazer-se até que haja passado este dia. — Patriarcas e Profetas, 296.
Embora deva a gente abster-se de cozinhar aos sábados, não é necessário ingerir a comida fria. Em dias frios, convém aquecer o alimento preparado no dia anterior. As refeições, posto que simples, devem ser apetitosas e atraentes. Trate-se de arranjar qualquer prato especial, que a família não costuma comer todos os dias. [...]
Se desejamos a bênção prometida aos obedientes, devemos observar mais estritamente o sábado. Temo que muitas vezes empreendamos nesse dia viagens que bem poderiam ser evitadas. De conformidade com a luz que o Senhor nos tem concedido em relação com a observância do sábado, devemos ser mais escrupulosos quanto a viagens nesse dia, por terra ou mar. A esse respeito devemos dar às crianças e jovens bom exemplo. Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o mais possível por evitar que o dia da chegada ao destino coincida com o sábado.
Quando obrigados a viajar no sábado, cumpre evitarmos a companhia dos que procuram atrair-nos a atenção para as coisas seculares. Devemos ter a mente concentrada em Deus e com Ele entreter comunhão. Sempre que se nos ofereça a oportunidade, falemos com outros acerca da verdade. Cumpre-nos em todo tempo estar dispostos a aliviar sofrimentos e ajudar os que sofrem necessidades. Nesses casos Deus requer de nós que façamos uso legítimo do conhecimento e sabedoria que nos deu. Não devemos, entretanto, falar acerca de negócios nem iniciar qualquer conversação mundana. Em todo tempo e em qualquer lugar Deus quer que Lhe testemunhemos nossa fidelidade, honrando Seu sábado. — Testimonies for the Church 6:357, 359, 360.
Conseguindo o sábado livre na escola — O sábado traça uma linha de separação entre nós e o mundo, [...] o sábado é uma prova; não é exigência humana, mas prova divina. É o que há de distinguir entre os que servem a Deus e os que O não servem; e em torno deste ponto girará o último e grande conflito entre a verdade e o erro. — En Lugares Celestiales, 150.
Alguns de nosso povo têm enviado seus filhos à escola aos sábados. Eles não têm sido obrigados a fazer isso, mas a diretoria dessas escolas têm colocado dificuldades para receber as crianças a não ser que elas freqüentem todos os seis dias. Algumas dessas escolas não apenas ensinam as matérias comuns, mas também oferecem preparo profissional, e a essas também alguns filhos de observadores dos dez mandamentos têm freqüentado no sábado. Esses pais tentam justificar seu procedimento com as palavras de Cristo que é “lícito fazer o bem no sábado”. Só que esse mesmo raciocínio poderia justificar o trabalho de outras pessoas no sábado, pelo fato de elas estarem ganhando o pão para alimentar seus filhos; e isso acaba com os limites do que pode e do que não pode fazer no sábado. [...] Nossos irmãos não devem esperar a aprovação de Deus quando colocam os filhos onde lhes é impossível obedecer ao quarto mandamento da lei de Deus. Esses pais precisam fazer algum tipo de arranjo com as autoridades para que seus filhos sejam dispensados de ir para escola no sétimo dia. Se isso falhar, seu dever ainda continua bem claro: é preciso obedecer aos mandamentos de Deus, custe o que custar. [...]
Há também quem clame que o Senhor não é tão específico em Suas exigências, que a guarda do sábado não deve se tornar motivo para tão grande prejuízo, nem devem entrar em conflito com as leis do lugar onde moram. A questão é que esse pode ser um tipo de teste: se estamos dispostos a honrar ou não a lei de Deus acima das exigências humanas. Isso é o que distingüe os que honram a Deus dos que O desonram. Nesse aspecto temos que provar nossa lealdade. A história do relacionamento de Deus com Seu povo, em todos os tempos, tem demonstrado que Ele espera completa obediência. [...]
Se os pais permitirem que seus filhos recebam educação do mundo e façam do sábado um dia comum, o selo de Deus não será colocado sobre eles. Eles serão destruídos juntamente com o mundo, e será que sua culpa não recairá sobre os pais? Se fielmente ensinarmos a nossos os mandamentos de Deus, se os conservarmos sob a autoridade dos pais, e com fé e oração os colocarmos diante de Deus, é claro que Deus irá corresponder a nossos esforços, de acordo com Suas promessas, e no dia em que a tribulação vier eles juntamente conosco serão protegidos por Deus. — Testemunhos Seletos 2:181-184.
Um dia de descanso dos deveres comuns — É a mais grosseira presunção aventurar-se o homem mortal a negociar com o Todo-poderoso, a fim de assegurar seus insignificantes interesses seculares. É tão cruel violação da lei servir-se ocasionalmente do sábado para negócios seculares, como seria rejeitá-lo completamente; pois isso é fazer dos mandamentos do Senhor uma questão de conveniência. “Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso” (Êxodo 20:5), vem-nos, forte, a voz do Sinai! Obediência parcial e interesse dividido não são aceitos por Aquele que declara que as iniqüidades dos pais serão visitadas nos filhos até à terceira e quarta geração dos que O aborrecem, e que Ele mostrará misericórdia em milhares, aos que O amam e guardam os Seus mandamentos. Não é coisa de pouca importância roubar um vizinho, e grande é o estigma sofrido por aquele que é encontrado culpado de semelhante ato; entretanto, o que não se rebaixaria a defraudar seu semelhante, não tem vergonha de roubar a seu Pai celestial o tempo que Ele abençoou e pôs de parte para um fim especial. — Testimonies for the Church 4:249, 250.
Devemos vigiar nossas palavras e pensamentos. Aqueles que no sábado discutem assuntos de negócios ou fazem planos, são considerados por Deus como se estivessem empenhados na própria transação de negócio. Para santificar o sábado não devemos mesmo permitir que nosso espírito se ocupe com coisas de caráter mundano. — Patriarcas e Profetas, 307.
Deus falou, e Ele espera que o homem obedeça. Não indaga Ele se lhe é conveniente proceder assim. O Senhor da vida e da glória não consultou Sua conveniência ou prazer quando deixou Sua alta posição para Se tornar um varão de dores e experimentado em trabalhos, aceitando a ignomínia e morte para livrar o homem do resultado da desobediência. Jesus morreu, não para salvar o homem em seus pecados, mas de seus pecados. Deve o homem abandonar o erro de seus caminhos, para seguir o exemplo de Cristo, tomando a Sua cruz e seguindo-O, negando a si mesmo e obedecendo a Deus custe o que custar. [...]
As circunstâncias não justificam a quem quer que seja para trabalhar no sábado por amor de ganho secular. Se Deus desculpasse um homem, poderia desculpar a todos. Por que não deveria o irmão L, que é pobre, trabalhar no sábado para ganhar o pão de cada dia, quando ele poderia, assim fazendo, estar em melhores condições de manter a família? Por que não deveriam outros irmãos, ou todos nós, guardar o sábado só quando fosse conveniente fazê-lo? Responde a voz do Sinai: “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus”. Êxodo 20:9, 10. [...]
Sua idade não o dispensa de obedecer aos mandamentos divinos. Abraão foi duramente provado em sua velhice. As palavras do Senhor se afiguravam terríveis e indesejadas àquele ancião combalido; todavia ele nunca pôs em dúvida sua justiça nem hesitou na obediência. Poderia ter alegado que era velho e débil, não podendo sacrificar o filho que era a alegria de sua vida. Poderia ter lembrado ao Senhor que aquela ordem estava em desarmonia com as promessas que lhe haviam sido dadas a respeito de seu filho. Mas a obediência de Abraão, prestava-a ele sem murmurar nem acusar. Era implícita sua confiança em Deus. — Testimonies for the Church 4:250-253.
Os pastores devem colocar-se como reprovadores daqueles que deixam de lembrar-se do sábado para o santificar. Bondosa e solenemente, cumpre-lhes reprovar os que se empenham em conversação mundana no dia de sábado, professando ao mesmo tempo serem seus observadores. Devem estimular a consagração a Deus no Seu santo dia.
Ninguém se deve sentir na liberdade de gastar tempo santo inutilmente. Desagrada a Deus que os observadores do sábado durmam muito tempo no sábado. Eles desonram a seu Criador em assim fazer e por seu exemplo, dizem que os seis dias são demasiado preciosos para que os empreguem para descansar. Precisam ganhar dinheiro, mesmo que seja se privando do necessário sono, que recuperam dormindo durante as horas santas. Depois, desculpam-se, dizendo: “O sábado foi dado para dia de descanso. Não me privarei do repouso para ir à reunião; pois preciso descansar.” Essas pessoas fazem uso errado do dia santificado. Naquele dia especialmente, devem elas interessar sua família na observância do mesmo, e congregar-se na casa de oração com os poucos ou os muitos que ali houver. Devem dedicar o tempo e as energias a cultos religiosos, para que a divina influência os possa acompanhar durante a semana. De todos os dias semanais, nenhum é tão favorável aos pensamentos e sentimentos religiosos como o sábado. — Testimonies for the Church 2:704.
Houvesse sido o sábado sempre observado de maneira sagrada, e nunca poderia ter havido um ateu ou idólatra. A instituição do sábado, que se originou no Éden, é tão antiga como o próprio mundo. Foi observado por todos os patriarcas, desde a criação. Durante o cativeiro no Egito, os israelitas foram obrigados por seus maiorais de tarefas a violar o sábado; e em grande parte perderam o conhecimento de sua santidade. Quando a lei foi proclamada no Sinai, as primeiras palavras do quarto mandamento foram: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8), mostrando que o sábado não foi instituído então; aponta-se-nos a sua origem na criação. A fim de obliterar a lembrança de Deus da mente dos homens, visava Satanás destruir este grande memorial. Se pudessem os homens ser levados a esquecer seu Criador, não fariam esforços para resistir ao poder do mal, e Satanás estaria certo de sua presa. — Patriarcas e Profetas, 336.
As bênçãos da observância do sábado — Foi-me apresentado todo o Céu como a contemplar e observar no decorrer do sábado aqueles que reconhecem as reivindicações do quarto mandamento, e estão observando o sábado. Os anjos estavam anotando o interesse deles e o elevado respeito que nutrem por essa divina instituição. Aqueles que santificavam o Senhor Deus no próprio coração mediante uma estrutura estritamente religiosa da mente, e que buscavam aproveitar as horas santas em observar o sábado da melhor maneira que lhes era possível, e honravam a Deus ao chamar o sábado deleitoso — a esses, beneficiavam especialmente os anjos com luz e saúde, e era-lhes comunicada força especial. — Testimonies for the Church 2:704, 705.
Estrita conformação com os reclamos do Céu traz bênçãos tanto temporais como espirituais. — Profetas e Reis, 546.
“Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de perpetrar algum mal.” “Aos filhos dos estrangeiros que se chegarem ao Senhor, para O servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos Seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o Meu concerto, também os levarei ao Meu santo monte, e os festejarei na Minha casa de oração”. Isaías 56:2, 6, 7. — O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 451.
Enquanto céus e Terra durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. E quando o Éden florescer novamente na Terra, o santo e divino dia de repouso será honrado por todos debaixo do Sol. “Desde um sábado até ao outro”, os habitantes da glorificada nova Terra irão “adorar perante Mim, diz o Senhor”. Isaías 66:23. — O Desejado de Todas as Nações, 283.
Fonte: Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, Capítulo 47.